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A nona edição do CURA BH, que recebeu mais de 20 mil pessoas entre 3 e 7 de setembro, agora estreia na cidade com a entrega de três novas obras de arte em empenas de prédios, consolidando a praça Raul Soares como um mirante de arte pública. E em outubro lança mais uma importante etapa do projeto, o CURA Macro, que vai impactar a paisagem urbana de Nova Lima.
Pela primeira vez, Paulo Nazareth, um dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira, realiza uma obra em empena de prédio, com uma homenagem – e uma crítica social – ao Alforriado Matias, no Edifício Pignataro. Sylvia Amélia traz ao festival uma técnica inédita: em vez de pintura, apresentou Pause, instalação em acrílico que projeta sombras móveis ao longo do dia. E Juliana Oliveira, ou Julianismo, representa a nova geração, com uma obra experimental que marca sua estreia no festival.
“Essa edição marca um amadurecimento da nossa atuação no território. Trouxemos propostas concretas para pensar a Raul Soares, como o Mapa Afetivo e o concurso de ideias, e convidamos três artistas de Belo Horizonte para ocupar a praça. Celebramos a cidade honrando seu passado, reconhecendo seu presente e sonhando o futuro”, comenta Priscila Amoni, uma das idealizadoras do CURA.
O tema PRACIFICAR ganhou corpo em uma programação que ocupou o Mirante e os arredores da Praça, convidando o público a permanecer, descansar, brincar e viver a cidade em todas as dimensões, inclusive olhando para o alto. Entre os destaques estava o Highline Feelings com atletas atravessando o céu, como Andreza Pereira, que usou uma saia de carimbó estampada com a bandeira do Pará, gesto que celebrou sua cultura e emocionou o público.
“Pracificar resume bem o que desejamos pra Raul Soares, uma praça tão importante pra BH. E essa praça ganhou mais três obras, se transformando numa grande exposição a céu aberto com 13 intervenções artísticas em prédios ao seu redor. Além disso, durante cinco dias proporcionamos para o público o potencial que o território tem, com brinquedos para crianças, música, banca de arte, velódromo, highline, lugar para sentar e deitar, sombra e água fresca”, afirma Janaína Macruz, também idealizadora do projeto.
O impacto não se dá apenas no campo das artes, mas gira a economia da região. “O CURA não apenas traz vida e interesse pela região central, o que por si só é importantíssimo para a cidade, mas traz muito movimento para o comércio local. Tivemos um incremento de faturamento no Pirex de 28% no período do festival, com casa cheia todos os dias, e a oportunidade de fidelizar muitos novos clientes que nos visitaram pela primeira vez. É fantástico que isso se dê em um contexto de apreciar a cultura, observar a arquitetura, vivenciar a Praça, e ocupar o centro como espaço vivo e pulsante”, comenta Vitor Velloso, proprietário do Bar Pirex, que fica nos arredores da Praça Raul Soares.
CURA MACRO – a maior obra de arte pública do Brasil
Ao mesmo tempo em que entrega novas obras à capital, o CURA já está em andamento com um novo projeto, com entrega prevista para outubro. Em Nova Lima, o coletivo indígena MAHKU, desenvolve o CURA MACRO. Destaque em instituições como MASP, Pinacoteca, Fondation Cartier (Paris) e Bienal de Veneza, os artistas assinam a maior obra de arte pública do Brasil. Entre julho e setembro, mais de 100 casas dos bairros Vila São Luís, Monte Castelo, Vila Marise, Morro das Pedrinhas, Cascalho e Montividiu vêm sendo transformados em um gigantesco mural coletivo.
Instituto CURA – um projeto consolidado
Criado em 2017, o CURA se tornou referência em arte pública na América Latina, e hoje atua como Instituto CURA. O projeto já realizou nove edições em Belo Horizonte e duas em Manaus, com um legado que soma 35 empenas (14 no Mirante Sapucaí, 13 na Raul Soares, 4 no bairro Lagoinha e 4 em Manaus). Dessas, a representatividade é marcante: 16 empenas assinadas por mulheres; 8 empenas indígenas. Os números incluem, ainda, 12 murais, uma pintura de chão indígena, 6 instalações urbanas, uma fachada de lambe, 3 exposições individuais e uma residência artística.
Em uma curta trajetória, o CURA consolidou uma forma singular de produzir cidade: a partir do pertencimento, da convivência e da participação coletiva. Ao longo dos anos, transformou horizontes com murais monumentais e expandiu sua atuação para práticas que unem esporte, música, performance, cuidado e memória.
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