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Nos últimos anos, a representatividade negra em obras literárias aumentou consideravelmente. Os debates com temática antirracista passaram a ser cada vez mais comuns no meio acadêmico e em festivais de literatura. A mudança também foi observada na última edição do Prêmio Jabuti, em 26 de novembro, cuja premiação foi marcada pelo destaque de obras literárias abordando o racismo.

O prêmio de livro do ano, por exemplo, foi para “Solo para vialejo”, longo poema de Cida Pedrosa, perfazendo os caminhos que os negros, negras e índios fizeram para o Sertão. “Torto arado”, do baiano Itamar Vieira Junior, venceu a categoria Romance Literário com foco principal em resistência e ancestralidade negra. Na categoria infantil, “Palmares de Zumbi”, de Leonardo Chalub, foi premiado por contar a história de um jovem que explora o vilarejo à noite, pregando peças, vingando os negros mortos no tronco e aterrorizando feitores e senhores de engenho. Por fim, “Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro, foi o vencedor na categoria Ciências Humanas.

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