
Foto: Ricardo Penna
Mineira de nascença, cosmopolita por vocação morando no Rio de Janeiro há mais de 15 anos, e com uma voz que flutua entre o lírico e a MPB, Nádia Figueiredo sobe ao palco em Belo Horizonte, sua terra natal, com um projeto que tem tudo a ver com sua essência artística: Versatile in Concert. O show, que acontece no dia 5 de agosto no Clube de Jazz do Café com Letras, traz no nome aquilo que a cantora mais preza em sua trajetória: a liberdade de transitar por diferentes estilos, timbres e línguas com leveza e elegância.
“Como o nome já diz, Versatile vem de versatilidade. E minha intenção com esse show é mostrar essa versatilidade vocal de forma sutil e suave”, explica Nádia, que começou a cantar ainda criança, em Belo Horizonte, influenciada pelo pai e pela avó. “Foi em casa que meu amor pela música nasceu.”
O repertório do show vai do Jazz à MPB, retratando bem o estilo da cantora. “O show tem, em sua maioria, standards de jazz, algumas canções marcantes da nossa música brasileira e também algumas poucas canções em italiano e francês”, adianta.
E ela não vem sozinha: o palco será dividido com três músicos de trajetória sólida. No piano, Evan Megaro, americano radicado em Belo Horizonte, com formação em jazz, doutor em performance de piano e especialista em choro e improvisação.
“O vi tocando em BH e me deparei com a incrível versatilidade do Evan, que transita no gênero clássico e popular com perfeição. Entrei em contato com ele ano passado e foi ele, com toda sua generosidade, quem me apresentou ao Clube de Jazz do Café com Letras. Fui a um show na casa para conhecer e amei não só o ambiente acolhedor, mas principalmente a música de qualidade”, conta Nádia.
No contrabaixo, Enéias Xavier, um dos nomes mais respeitados da cena instrumental mineira, já tocou com Milton Nascimento, Flávio Venturini e Chris Potter. Na bateria, André Limão Queiroz, mestre em percussão com passagens por festivais internacionais.
“Somos um quarteto. Eles são músicos extremamente experientes, generosos e com uma sensibilidade rara. É um privilégio dividir o palco com artistas desse nível”, completa.
Apesar de já ter cantado nos coliseus de Lisboa e do Porto, ao lado do sertanejo Daniel, e de ter gravado com ícones como Gilberto Gil e João Donato, a cantora diz que cantar em Belo Horizonte tem um sabor especial. “Sempre quis fazer um show solo na minha cidade. Tenho família e amigos lá, e sei que será emocionante.”
A apresentação também marca um momento de transição para Nádia, que já está trabalhando em um novo single a ser lançado em breve. “É como se eu estivesse me reconectando com minhas origens para seguir em frente com ainda mais força.”