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Sérgio Pererê move ação judicial para vetar vídeo de conteúdo racista

Publicado por Redação
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Nesta terça-feira, dia 17 de junho, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou, por unanimidade, o registro dos Reinados, Congados e Congadas como Patrimônio Cultural Brasileiro. Aproveitando a força deste marco histórico, o multiartista mineiro Sérgio Pererê entrará, na mesma data, com uma ação judicial que solicita a retirada imediata de um vídeo de conteúdo racista publicado contra ele e os povos negros de Reinado nas redes sociais.

Cantor, compositor, instrumentista e ator, Pererê também é coroado Rei na Irmandade Os Ciriacos, um dos principais berços da cultura afromineira, com mais de 70 anos de história, fundada em 1953, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação judicial, que conta com o apoio da deputada federal Célia Xakriabá e da vereadora Cida Falabella, pede que seja vedada a publicação e a circulação do conteúdo nas redes sociais, sob pena de multa aos infratores.

O vídeo em questão ataca o artista por uma apresentação no festival “Fado nas Cidades Históricas”, realizada no dia 1º de junho, na Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Ouro Preto. Identificada como Fernanda Rocha, que publicou o conteúdo em seu perfil, no dia 2 de junho, a narradora categoriza a apresentação como “profanação da Igreja Católica”, chama as músicas de Pererê de “barbaridades” e questiona a legitimidade de sua presença dentro da igreja, por não se tratar de um “artista cristão”. O conteúdo foi replicado na página “Guerreiro da Santa Igreja”, no dia 9 de junho.

Na última semana, Sérgio Pererê publicou uma nota de repúdio ao conteúdo em seu perfil no Instagram, que reverberou de forma massiva. Com cerca de 200 mil visualizações e mais de 1.600 comentários, a publicação teve manifestações de apoio e solidariedade de autoridades, líderes religiosos e artistas de todo o Brasil. “Primeiramente, eu preciso agradecer por todo o apoio que tenho recebido, de pessoas que acompanham meu trabalho, de colegas da área artística, de integrantes do movimento negro, de membros da igreja”, sublinha.

Leia aqui a nota de repúdio na íntegra

Uma das autoridades que apoiaram a decisão do artista foi a mencionada deputada Célia Xakriabá, que ressaltou a importância de denunciar o racismo e a intolerância. “Religião é respeitar a ancestralidade como caminho de conduta que nos religa de maneira única. Blasfêmia é violentar as religiões, é não respeitar a nossa diferença. O racismo dá um tiro na nossa identidade a cada vez que não se respeita a diversidade”, afirma.

Amparado por um coletivo qualificado de advogados, Pererê ressalta que o processo judicial busca proteger não apenas seus direitos, mas toda a comunidade negra e, em específico, dos povos de Reinados Negros. “Eu não me calarei diante dos prejuízos morais que me foram causados. Nós não nos calaremos diante de episódios de racismo religioso como esse”, ressalta o artista, que registrou Boletim de Ocorrência sobre o caso.

“Enquanto artista negro, filho de benzedeira e Rei no Congado, é muito legítimo ocupar o espaço de uma igreja. Afinal, é sabido que as igrejas das cidades históricas de Minas Gerais foram construídas com a força, o coração e o sangue dos meus ancestrais”, destacou o músico, na nota de repúdio.

Sobre Sérgio Pererê
Cantor, compositor, multi-instrumentista, ator e diretor musical, Sérgio Pererê é reconhecido pelo diálogo que estabelece entre a tradição e a experimentação, pela profusão de sonoridades – com destaque para as referências afro-latinas –, e pelo timbre peculiar de sua voz. Sua poesia entrelaça temas cotidianos a enunciados metafísicos e elementos do sagrado de matriz africana, como o culto à ancestralidade e aos orixás. Já se apresentou em várias regiões do Brasil e em países como Canadá, Áustria, Espanha, Moçambique, China e Argentina. Sérgio Pererê considera-se amadrinhado pelas raízes banto de Minas.

Em 2024, lançou “Samba de Preto Velho”, seu primeiro disco dedicado ao samba. O trabalho sucede “Canções de Outono” (Natura Musical), primeiro álbum do mineiro dedicado inteiramente à temática do amor e gravado junto a 14 cantoras, incluindo Mônica Salmaso, Fernanda Takai e Letrux. Ainda no ano passado, lançou “Sérgio Pererê e Bloco Oficina Tambolelê”, que celebra os 25 anos de um dos blocos afro precursores em Minas Gerais; e “Bentu”, gravado com a cantora e violonista paulista Badi Assad.

 

 

 

 

 

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Publicado em: Destaques Tags: “Fado nas Cidades Históricas”, capa, Célia Xakriabá, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), multiartista mineiro Sérgio Pererê, Reinados Congados e Congadas como Patrimônio Cultural Brasileiro, Sérgio Pererê, vereadora Cida Falabella
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