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Prestes a completar 90 anos, o Minas Tênis Clube está em festa! Como parte da programação especial das nove décadas do Minas, apresentamos o FESTA – Festival de Teatro e Artes. Com programas voltados aos públicos infantil e adulto, o festival é uma ode à inventividade dos artistas e à diversidade de reflexões que emergem das singularidades das suas montagens.
Um brinde a Tom Jobim com água de bebês feito pela Palhaça Begônia que canta suas bossas novas para novos ouvidos. Em Tom Menor, Begônia recebe ligações telefônicas com grandes cantoras e intérpretes da obra de Tom como Elis, Nara, Maysa, Miúcha, Elizeth e Gal que ensinam a palhaça a cantar os tons de cada canção. No repertório, “Eu sei que vou te amar”, “Desafinado”, “Samba de uma nota só”, “Corcovado”, “Águas de Março”, “Água de Beber”, “Garota de Ipanema”, entre outras.
Mariana Arruda, do Grupo Maria Cutia, embarca numa nova aventura musical. “São canções que escutei e cantei muito na minha infância. Sei que não é um repertório muito associado ao universo infantil, mas minhas memórias com Tom Jobim sempre foram recheadas de imagens muito lúdicas e subversivas – o que não deixa de ser um ponto em comum entre o olhar da criança e o olhar do palhaço – e há muito tempo tenho vontade de brincar Tom Jobim cantando-o para crianças. Que lindo saber que esse momento está chegando”, conta a atriz. A estreia está marcada para o dia 13 de julho, domingo, às 17h no teatro do Minas Tênis Clube dentro da programação do FESTA – Festival de Teatro e Artes.
O espetáculo ressalta a presença do público e como esse encontro dá a cada música uma nova perspectiva, principalmente a perspectiva dos pequeninos ouvidos que talvez estejam ouvindo ali Tom Jobim pela primeira vez. O roteiro e a direção são assinados por Mariana Arruda que conta com a equipe artística de Babaya na preparação vocal, Luiz Dias nos figurinos, Rai Bento no cenário, Luisa Monteiro na produção e dos músicos Leandro Aguiar no violão, João Pedro Vasconcelos no piano, Shari Simpson na flauta e Vitim Nascimento na bateria. “Eu queria que todos os instrumentos que o Tom tocava (flauta, piano e violão) estivessem em cena e os arranjos musicais estão brincando muito com a palhaçaria, afinal não dá pra esperar que uma palhaça cantando Bossa Nova seja uma linha muito reta, né?”, nos conta a atriz.
Este show cênico é uma produção do Grupo de Teatro Maria Cutia e é mais uma obra que integra a pesquisa da atriz e palhaça Mariana Arruda entre palhaçaria e música. Autora dos shows “Francisco” e “ParaChicos” nos quais se debruça sobre a obra de Chico Buarque e seu olhar cênico sobre o cantar, Mariana é uma profunda pesquisadora e amante da obra buarqueana. “Falar de Tom Jobim não deixa de ser falar também do Chico. Tom é uma das maiores referências do Chico e a Bossa Nova é um movimento que influenciou e influencia muito a produção musical mundial. Que orgulho é criar sobre a Bossa Nova porque é também falarmos muito sobre o Brasil”. A atriz que cresceu no Norte de Minas lembra ainda dos seus primeiros contatos com a obra jobiniana: “Acho que ‘Águas de Março’ foi uma das primeiras canções que cantei. Me lembro de apresentá-la nas festas da família da minha escola em Montes Claros e no outro dia ouvir todo mundo cantarolando pelos corredores do colégio. Até hoje quando encontro amigos dessa época eles me falam de ‘Águas de Março’. Ouso dizer que Tom Jobim sempre foi meu parceiro artístico”, ri a cantora.
FICHA TÉCNICA:
Direção e roteiro: Mariana Arruda
Direção Musical: Leandro Aguiar
Preparação Vocal : Babaya Morais
Figurinos: Luiz Dias
Cenário: Rai Bento
Luz: Cia Técno
Produção: Luisa Monteiro